O risco cirúrgico é realizado quando o paciente vai ser submetido passar por um procedimento cirúrgico, neste momento é natural ter preocupações sobre os riscos envolvidos. Afinal, qualquer cirurgia, por mais simples que seja, carrega consigo uma certa quantidade de risco. É nesse momento que o cardiologista desempenha um papel crucial, avaliando a saúde do coração do paciente e garantindo que ele esteja preparado para enfrentar o desafio da cirurgia. Vamos explorar em detalhes o conceito de risco cirúrgico, o papel do cardiologista na avaliação pré-operatória e as medidas tomadas para minimizar os riscos cardiovasculares associados à cirurgia.

1. Entendendo o Risco Cirúrgico
1.1. O Que é Risco Cirúrgico?
O risco cirúrgico refere-se à probabilidade de ocorrência de complicações durante ou após uma cirurgia. Essas complicações podem variar desde problemas menores, como infecções leves, até eventos mais sérios, como infartos, acidentes vasculares cerebrais ou insuficiência renal. Avaliar o risco cirúrgico é essencial para garantir que todas as medidas preventivas sejam tomadas para minimizar esses riscos.
1.2. Fatores de Risco
Diversos fatores podem influenciar o risco cirúrgico de um paciente:
- Condições Médicas Preexistentes: Doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, doenças pulmonares e outras condições crônicas podem aumentar o risco de complicações.
- Tipo e Complexidade da Cirurgia: Cirurgias mais complexas e invasivas, como aquelas que envolvem o coração ou os pulmões, geralmente têm um risco maior associado.
- Idade: Pacientes mais velhos tendem a ter um risco maior de complicações devido à fragilidade e presença de múltiplas condições de saúde.
- Estilo de Vida: Fatores como tabagismo, sedentarismo e obesidade podem aumentar significativamente o risco cirúrgico.
- Histórico de Saúde: Antecedentes de complicações cirúrgicas ou reações adversas à anestesia podem influenciar o risco.
Cardiologista para realização de risco cirúrgico
O Dr Elder Miguel Claudio é Médico Cardiologista e realiza risco cirúrgico em Nova Serrana e risco cirúrgico em Divinópolis. Atualmente atende na Clínica Novacardio em Nova Serrana e na Clínica de Consultórios do Hospital São João de Deus em Divinópolis.

2. Papel do Cardiologista na Avaliação Pré-Operatória
2.1. Avaliação da Condição Cardíaca
Antes de uma cirurgia, especialmente em pacientes com histórico de doenças cardíacas, é essencial realizar uma avaliação completa da saúde cardiovascular. O cardiologista desempenha um papel crucial nessa fase, que pode incluir:
- Histórico Médico Detalhado: Revisão do histórico médico do paciente, incluindo condições cardíacas preexistentes, medicamentos em uso e antecedentes familiares de doenças cardíacas.
- Exame Físico: Avaliação física para detectar sinais de problemas cardíacos, como sopros cardíacos, inchaço nas pernas (edema) ou pulsos anormais.
- Exames Diagnósticos: Realização de exames específicos, como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e testes de esforço, para avaliar a função do coração.
2.2. Identificação de Condições Cardíacas
O cardiologista pode identificar condições cardíacas subjacentes que podem aumentar o risco cirúrgico, como:
- Doença Arterial Coronária: Presença de placas nas artérias que podem reduzir o fluxo sanguíneo para o coração.
- Insuficiência Cardíaca: Incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente.
- Arritmias Cardíacas: Batimentos cardíacos irregulares que podem ser perigosos durante a cirurgia.
- Hipertensão: Pressão arterial elevada que pode aumentar o risco de sangramento e outros problemas durante a cirurgia.
3. Minimizando os Riscos Cirúrgicos
3.1. Otimização da Saúde Cardíaca
Com base na avaliação, o cardiologista pode recomendar várias intervenções para otimizar a saúde do paciente antes da cirurgia, como:
- Ajuste de Medicamentos: Alteração ou adição de medicamentos para controlar melhor a pressão arterial, ritmo cardíaco ou outras condições.
- Controle de Doenças Crônicas: Melhora do controle de condições crônicas, como diabetes ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
- Cessação do Tabagismo: Orientação e apoio para parar de fumar, o que pode melhorar significativamente os resultados cirúrgicos.
- Recomendações de Estilo de Vida: Orientações sobre dieta, exercícios e outras mudanças no estilo de vida para melhorar a saúde geral.
3.2. Durante a Cirurgia: Monitoramento e Intervenções
Durante a cirurgia, o cardiologista pode continuar a desempenhar um papel vital ao:
- Monitoramento Contínuo: Acompanhar continuamente os sinais vitais do paciente, como frequência cardíaca, pressão arterial e níveis de oxigênio.
- Intervenções Rápidas: Estar preparado para intervir rapidamente em caso de complicações, como arritmias ou quedas bruscas da pressão arterial.
- Colaboração com a Equipe Cirúrgica: Trabalhar em estreita colaboração com os cirurgiões e anestesistas para garantir que qualquer problema cardiovascular seja tratado de forma eficaz.

4. Cuidados Pós-Operatórios: Garantindo uma Recuperação Segura
Após a cirurgia, o cuidado contínuo é crucial para garantir uma recuperação segura e eficaz. O cardiologista pode ajudar com:
- Monitoramento Pós-Operatório: Acompanhamento dos sinais vitais e da função cardíaca durante a recuperação.
- Ajustes de Medicamentos: Alterações nos medicamentos conforme necessário para lidar com qualquer mudança na saúde do paciente após a cirurgia.
- Reabilitação Cardíaca: Programas de reabilitação para ajudar os pacientes a recuperar a força e a função cardiovascular.
- Acompanhamento de Longo Prazo: Consultas regulares para monitorar a saúde cardíaca e prevenir complicações futuras.
Importância da Avaliação cardiológica no Risco Cirúrgico
Redução do Risco de Complicações
A avaliação cardiológica pré-operatória detalhada pode reduzir significativamente o risco de complicações durante e após a cirurgia. Identificando e tratando problemas cardíacos antes da cirurgia, os médicos podem prevenir problemas como ataques cardíacos, derrames e insuficiência cardíaca durante a recuperação.
Planejamento Personalizado
Cada paciente é único, e a avaliação cardiológica permite um planejamento personalizado do cuidado. Isso significa que os médicos podem adaptar o plano de tratamento para atender às necessidades específicas de cada paciente, levando em consideração suas condições médicas, histórico de saúde e fatores de risco individuais.
Melhoria na Qualidade de Vida
Um manejo adequado do risco cirúrgico não apenas melhora os resultados da cirurgia, mas também pode ter um impacto positivo na qualidade de vida geral do paciente. Pacientes que recebem cuidados adequados tendem a se recuperar mais rapidamente e a ter menos complicações, o que lhes permite retornar mais cedo às suas atividades normais.
Orientações Perioperatórias e Pós-Operatórias
Orientações Perioperatórias
Durante o período perioperatório, que engloba os momentos antes, durante e após a cirurgia, seguir orientações específicas é importante para minimizar riscos e garantir uma recuperação tranquila. Algumas dessas orientações incluem:
- Jejum Pré-Operatório: Seguir as orientações do médico sobre o jejum antes da cirurgia é essencial. Geralmente, os pacientes são aconselhados a não comer ou beber por um período específico antes da cirurgia para evitar complicações com a anestesia.
- Continuação de Medicamentos: Alguns medicamentos devem ser continuados até o dia da cirurgia, enquanto outros podem precisar ser ajustados ou suspensos.
- Controle de Doenças Crônicas: Manter condições crônicas, como diabetes ou hipertensão, sob controle estrito é crucial. Monitorar os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial conforme recomendado pode ajudar a prevenir complicações.
Orientações Pós-Operatórias
Após a cirurgia, seguir as orientações pós-operatórias é fundamental para uma recuperação segura e eficaz. Algumas dessas orientações incluem:
- Medicação: Tomar todos os medicamentos prescritos conforme orientado pelo médico é importante. Isso pode incluir analgésicos, anticoagulantes e outros medicamentos necessários para a recuperação.
- Atividades Físicas: Seguir as orientações sobre quando e como retomar as atividades físicas é importante. O excesso de esforço físico pode ser prejudicial, mas a mobilização precoce, conforme recomendado, pode ajudar na recuperação.
- Dieta: Manter uma dieta saudável e equilibrada pode ajudar na recuperação. Evitar alimentos processados, gordurosos e ricos em sódio é geralmente recomendado.
- Sinais de Complicações: Estar atento aos sinais de complicações, como febre, dor intensa, inchaço ou vermelhidão no local da cirurgia, falta de ar ou batimentos cardíacos irregulares, e procurar ajuda médica imediata se ocorrerem.

Considerações finais
Em resumo, o risco cirúrgico é uma preocupação importante para pacientes e profissionais de saúde envolvidos em procedimentos cirúrgicos. O papel do cardiologista na avaliação pré-operatória é fundamental para garantir que os pacientes estejam adequadamente preparados para enfrentar o desafio da cirurgia. Minimizando os riscos cardiovasculares e fornecendo orientações pré-operatórias personalizadas, o cardiologista desempenha um papel crucial na promoção de cirurgias seguras e bem-sucedidas. Se você está se preparando para passar por um procedimento cirúrgico, não subestime a importância de consultar um cardiologista. Sua saúde cardíaca é essencial para o sucesso da cirurgia e sua recuperação pós-operatória.
Leia também:
https://dreldermiguelclaudio.com.br/2024/06/22/importancia-cardiologista/
https://dreldermiguelclaudio.com.br/2024/06/23/teste-ergometrico/
https://dreldermiguelclaudio.com.br/2024/06/23/pressao-alta/
https://dreldermiguelclaudio.com.br/#home
https://dreldermiguelclaudio.com.br/2024/06/23/insuficiencia-cardiaca/
Fonte: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35461896/
https://abccardiol.org/article/3a-diretriz-de-avaliacao-cardiovascular-perioperatoria-da-sociedadebrasileira-de-cardiologia/